Ministério libera recursos para o Cartão SUS regional

O Ministério da Saúde anunciou ontem a liberação de R$ 4,05 milhões para financiar a integração das unidades de saúde da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Com o sistema, a região passará a ter, de fato, o cartão metropolitano de saúde, projeto previsto para entrar em operação em abril de 2012, mas que parou por conta do atraso do ministério na autorização da verba. Para os gestores, o Cartão SUS regional será uma espécie de cartão de crédito que permitirá a um município receber pelo atendimento feito a paciente de outra cidade, o que hoje não ocorre. A integração interessa especialmente a Campinas, onde 30% de seu atendimento é de pacientes de outras cidades.

O recurso será utilizado para a aquisição de um programa que permita a comunicação entre os diversos serviços e organize e sistematize dados sobre o atendimento prestado ao usuário. O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Gestão Estratégica e Participação do Ministério da Saúde, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, aos prefeitos da RMC. Segundo ele, a região de Campinas será a primeira do País a ter a integração das informações e gerar dados confiáveis e atualizados que permitam planejamento e intercâmbio para subsidiar a elaboração e execução das políticas públicas do setor.

O projeto vinha sendo implantado, segundo a diretora executiva da Agência Metropolitana de Desenvolvimento (Agemcamp), Ester Viana, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano (Fundocamp), que financiou a informatização das quase 300 unidades de saúde da RMC. Todos os municípios receberam o Cartão SUS e a integração estava na dependência da liberação da verba do ministério. Ela acredita que em um mês, a Informática dos Municípios Associados (IMA) tenha condições de desenvolver o programa que integrará as unidades.

O custo da integração está previsto em R$ 13 milhões e os prefeitos irão buscar a diferença em outras fontes, especialmente o governo do Estado. O presidente da IMA, Fábio Pagani, disse que o trabalho será de desenvolver programas que façam a interligação dos vários sistemas usados na região. A empresa domina o software Siga Saúde, do Ministério da Saúde, voltado aos pronto atendimento e pronto-socorros e centros de saúde. Além do Siga Saúde há outros sistemas na região como o e-SUS, o BPAi (privado) e o S4SP (do Estado). A missão será fazer todos esses programas se falarem.

Campinas usa o Siga Saúde desde 2008 e tem 100% dos usuários cadastrados e 100% das agendas médicas informatizadas. Isso possibilita ao usuário marcar consultas e outros serviços utilizando o número do cartão, pessoalmente ou até por telefone, podendo escolher, inclusive, o médico.

Fomento

Segundo o secretário Odorico Monteiro, até 2014, o governo vai fomentar mais experiências de uso que vão além da função natural do cartão, que é dar suporte ao planejamento e gestão. Com mais recursos disponíveis, o usuário também vai ter uma oferta de serviços informatizada. “A ideia é reforçar a qualidade da assistência, com o controle, e melhorar a oferta de serviços, com a distribuição otimizada da demanda”, afirmou.

 

Fonte: Correio Popular
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