Comida pronta é prática, mas vale mesmo a pena?
Esquentar lasanha congelada quando estamos sem tempo, tomar suco de caixinha em vez de fazer um natural (e sujar o liquidifcador!), comer barrinha de cereal quando bate fome num dia corrido de trabalho. Não há como negar: alimentos prontos e semiprontos para consumo, chamados de ultraprocessados, vieram para facilitar a nossa vida e economizar tempo na cozinha. Contudo, embora práticos e saborosos, escondem alguns perigos. É que eles são resultado de uma série de processos industriais como cozimento, fritura, adição de vitaminas e minerais, salgamento, enlatamento e acondicionamento.
Quer exemplos? Prepara-se, pois a lista é grande! Pães (até os integrais), biscoitos, achocolatados, iogurtes, bolos, sorvetes, chocolates, barras de cereal, refrigerantes, pratos prépreparados, hambúrgueres, sopa e macarrão instantâneos, requeijão, manteiga, enlatados e embutidos como mortadela, salame, presunto, salsicha…
São produtos com mais açúcar, mais gordura saturada, mais sal, mais substâncias químicas e menos fbra do que o recomendado para uma alimentação saudável, diz Maluh Barciotte, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP. Segundo ela, se consumidos em excesso, aumentam o risco de doenças como colesterol, diabetes, pressão alta, obesidade e até alguns tipos de câncer.
Mas calma! Não é preciso comer só salada e grãos. Entenda os perigos dos alimentos superindustrializados e veja como equilibrá-los na alimentação!
Saber decifrar os rótulos é um passo importante
Conservante, estabilizante, corante… aprenda a identificar tudo isso na embalagem!
Avaliar a embalagem de um produto é um jeito esperto de saber o que ele contém. Por lei, os rótulos devem mostrar os ingredientes em ordem decrescente de quantidade do que tem mais para o que tem menos. Alguns bolinhos prontos, por exemplo, têm mais açúcar que farinha. Já imaginou um bolo com mais açúcar que farinha?, alerta a especialista. Fique de olho também nas seguintes substâncias:
Conservantes
São usados para aumentar a vida útil do alimento, ou seja, fazer com durem mais e não sejam atacados por algum micro-organismo. Alguns exemplos que você encontra facilmente nos rótulos e são bastante utilizados são ácido benzoico, dióxido de enxofre e nitratos e nitritos.
Estabilizantes
Mantêm a aparência e as condições do alimento. Conservam o biscoito crocante, evitam que o bolo seque… Exemplos: carragena, extraída de algas marinhas, goma guar, retirada de um tipo de feijão, e carboximetil celulose sódica (CMC), feita a partir de celulose e monocloroacetato de sódio.
Flavorizantes e aromatizantes
Dão a sensação de que o alimento é mais gostoso, intensificando o sabor e o cheiro. Muito usados em salgadinhos chips, que têm sabores como queijo e churrasco. O realçador de sabor glutamato monossódico é usado na maior parte dos ultraprocessados.
Corantes
Dão ou realçam a cor do alimentos como presuntos e balas de goma. Muitos corantes usados no Brasil são proibidos em outros países, diz Maluh. Pesquisas dizem que alguns induzem à hiperatividade infantil, como os corantes amarelos crepúsculo, quinolina e tartrazina.
Os perigos que escondem os ultraprocessados
Pesquisas mostram que nossa sensação de saciedade é afetada por eles. Além de ser mais difícil parar de comer, deixamos de identifcar sabores naturais.
- Têm alto poder calórico, mas a energia é zero. Durante o processamento, perdem os nutrientes e mantêm as calorias. Por isso, eles não nutrem. O exemplo máximo disso é o refrigerante, diz Maluh.
- Contêm substâncias que deixam nossos sentidos exacerbados e têm sabor artifcial exagerado.
- São alimentos altamente disponíveis para consumo. Em geral, vêm embalados em plásticos, caixas, latas ou conservas e estão prontos ou semiprontos para você comer.
- Contêm excesso de sal, açúcar, gorduras e substâncias químicas, como conservantes, estabilizantes, favorizantes e corantes.
Fonte: Site M de Mulher
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