Resolução aprovada pela OMS abre novas possibilidades para saúde global

Foto: Corbis.com

Diante do desigual cenário mundial no que diz respeito ao financiamento de P&D para doenças negligenciadas, a 65ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS) – órgão máximo de deliberação da Organização Mundial da Saúde (OMS) – aprovou, em maio desse ano, uma resolução que promete impulsionar o debate sobre o financiamento global da pesquisa para a geração de novos medicamentos e vacinas de interesse de países em desenvolvimento. Entre as recomendações do relatório do Grupo Consultivo de Especialistas em Pesquisa e Desenvolvimento: Financiamento e Coordenação (CEWG, na sigla em inglês) – principal objeto da resolução – destaca-se a criação de uma contribuição governamental de 0,01% do PIB, para todos os países, para aplicação em P&D para as enfermidades que afetam as nações menos favorecidas. Os recursos serão empregados em situações na qual a tecnologia não existe ou não é a mais adequada ou o preço do produto não é compatível com a realidade econômica dos países em desenvolvimento.

O coordenador do Cris/Fiocruz, Paulo Buss, e a pesquisadora do CDTS/Fiocruz, Claudia Chamas, recentemente assinaram artigo para o jornal Valor Econômico, no qual falam sobre os benefícios que as medidas propostas poderão trazer para o setor de saúde dos países em desenvolvimento e apontam as principais falhas que impedem maior investimento em P&D para doenças negligenciadas. Em entrevista, Buss e Claudia falaram sobre a trajetória da iniciativa até sua recente aprovação e sugeriram medidas para suprir essas necessidades de saúde que não são atendidas pelos incentivos econômicos dominantes.

Clique aqui para ler a entrevista na íntegra com Paulo Buss, coordenador do Cris/Fiocruz.

Por Danielle Monteiro
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