26/abr – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
HIPERTENSÃO ARTERIAL – PREVENÇÃO E TRATAMENTO
A hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos. É uma doença vascular de todo o organismo e deixa “marcas” nos órgãos atingidos: coração, cérebro, rins, vasos e visão.
Há duas formas de tratamento: sem e com medicamentos.
O tratamento sem medicamentos tem como objetivo auxiliar na diminuição da pressão, e se possível evitar as complicações e os riscos por meio de modificações nas atitudes e formas de viver, são elas:
- Reduzir o peso corporal através de dieta calórica controlada: substituir as gorduras animais por óleos vegetais, diminuir os açúcares e aumentar a ingestão de fibras;
- Reduzir o sal de cozinha, embutidos, enlatados, conservas, bacalhau, charque e queijos salgados;
- Reduzir o consumo de álcool;
- Exercitar-se regularmente 30-45 minutos, de três a cinco vezes por semana;
- Abandonar o tabagismo;
- Controlar as alterações das gorduras sangüíneas (dislipemias), evitando os alimentos que aumentam os triglicerídeos como os açúcares, mel, melado, rapadura, álcool e os ricos em colesterol ou gorduras saturadas: banha, torresmo, leite integral, manteiga, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, frituras, frutos do mar, miúdos, pele de frango, dobradinha, mocotó, gema de ovo, carne gorda, azeite de dendê, castanha, amendoins, chocolate e sorvetes;
- Controlar o estresse;
- Reduzir o sal é muito importante para os hipertensos da raça negra, pois neles a hipertensão arterial é mais severa e provoca mais acidentes cardiovasculares, necessitando controles médicos constantes e periódicos;
- Evitar drogas que elevam a pressão arterial: anticoncepcionais, anti-inflamatórios moderadores de apetite, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticoides derivados da ergotamina, estimulantes (anfetaminas), cafeína, cocaína e outros.
O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.
Na hipertensão arterial primária ou essencial, o tratamento é inespecífico e requer atenções especiais por parte do médico. A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo.
O tratamento medicamentoso deve observar os seguintes princípios:
- O medicamento deve ser eficaz por via oral e bem tolerado;
- Deve permitir o menor número de tomadas diárias;
- O tratamento deve ser iniciado com as doses menores possíveis e se necessário aumentado gradativamente ou associado a outros, com o mínimo de complicações;
- O medicamento deve ter custo compatível com as condições socioeconômicas do paciente para permitir a continuidade do tratamento;
- O mais sério problema no tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é que ele pode ser necessário por toda a vida. Aí então o convencimento da necessidade do tratamento é muito importante para que o paciente tenha uma aderência permanente;
- Os controles médicos devem ser periódicos para o acerto das dosagens medicamentosas e acompanhamento da evolução da doença cardiovascular.
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