Febre maculosa já atingiu 40 pessoas em 2012

O carrapato-estrela é frequentemente encontrado na pele de roedores, equinos e bovinos (Foto: Corbis.com)

A febre maculosa, doença transmitida pela saliva do carrapato-estrela (encontrado em capivaras e cavalos), está em expansão no estado de São Paulo e já atingiu 40 pessoas em 2012. Segundo o estudo Saúde Brasil 2011, feito pelo Ministério da Saúde, 70% dos casos da doença, que em geral é contraída pela população rural, concentram-se no estado paulista.

Se comparado com os índices dos anos anteriores, o número de casos em São Paulo diminuiu neste ano: em 2010 foram 57 casos na região e em 2011, 73. Nesse mesmo período, a letalidade saltou de 37% para 53%. Em dados nacionais, o número de mortes provocadas pela febre maculosa foi de 38%.

O aumento do número de casos pode estar relacionado à expansão da população de capivaras.

Sintomas da doença

Os sintomas da febre maculosa levam uma semana para aparecer. O quadro é muito parecido com o de infecções como a dengue hemorrágica, a febre tifoide e a leptospirose: geralmente os pacientes se queixam de dor no corpo, febre e falta de apetite. Num segundo estágio, a febre maculosa causa manchas avermelhadas em todo corpo, seguidas por problemas renais, neurológicos e hemorragias.

Se os sintomas não forem reconhecidos a tempo, o quadro pode se agravar e o paciente, correr risco de morte. Embora não seja uma doença nova, ela ainda é pouco conhecida pelos médicos brasileiros.

Para identificá-la é preciso fazer um exame específico, o RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta). No entanto, não é aconselhável esperar os resultados porque eles demoram. É fundamental considerar os achados clínicos e os dados epidemiológicos da doença, que tem a peculiaridade de causar microepidemias.

Como retirar corretamente o carrapato do corpo

É muito comum escutar algumas dicas antigas para retirar o carrapato do corpo. Há quem diga que é melhor espremer o local atingido com as unhas, colocar substâncias químicas (álcool ou éter) ou até mesmo encostar objetos aquecidos, como fósforo, cigarro ou agulhas, em cima do carrapato.

Mas essas “receitinhas” caseiras são equivocadas. O correto é retirar o parasita calmamente com uma pinça, até liberar o aparelho bucal do carrapato da pele do paciente.

 

Fonte: Site Dr. Dráuzio Varella
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