Brasil supera EUA em mortes por câncer de mama por falta de diagnóstico precoce

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Segundo um estudo da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, a mortalidade por câncer de mama no Brasil é maior que nos EUA devido à falta de diagnóstico precoce. Não fosse isso, a sobrevida das brasileiras seria equivalente à das estadunidenses.

O estudo, iniciado em 2011, levantou dados de pacientes diagnosticadas entre 1998 e 2001, para que pudessem ser observadas as taxas de sobrevida dez anos após o início do tratamento. A pesquisa comparou informações de 834 pacientes do Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, com os dados de cerca de 47 mil mulheres com câncer de mama dos Estados Unidos, obtidos do programa SEER (The Surveillance, Epidemiology and End Results).

O levantamento mostrou que 50,1% das mulheres norte-americanas diagnosticadas com câncer de mama estavam no estágio inicial do doença, com tumores menores do que 2 centímetros e ainda não palpáveis. Já no Brasil, diagnósticos nesse estágio precoce ocorreram em apenas 10% dos casos. Nesse estágio, as chances de cura a partir de um tratamento chegam a 90%.

A detecção do câncer de mama em estágios mais avançados foi observada em 45,8% das pacientes brasileiras, enquanto as norte-americanas somavam apenas 8,4%. Nessa situação, a taxa de sobrevida após dez anos cai para apenas 17% dos casos.

Em países desenvolvidos, a relação de mortes por câncer de mama anualmente é de 19 a cada 100 diagnósticos. Na América do Sul a proporção sobe para 29,8 mortes. No continente africano, a situação é ainda pior: a cada 100 mulheres com a doença, 60 morrem.

Fonte: Site Dr. Dráuzio Varella
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