Agrotóxicos: saiba como se proteger e fazer a limpeza correta dos alimentos
Você sabia que o pimentão e o tomate são os campeões na concentração de agrotóxicos? O “Alternativa Saúde” se debruça sobre o tema ao constatar que o brasileiro consome mais química do que o recomendado. “Infelizmente, moramos em um país onde o controle de insumos é pouco criterioso. Por isso, consumimos agrotóxicos demais”, diz a nutricionista Adriana Bassoul, do Sítio do Moinho, que recomenda a opção pela compra de orgânicos. A legislação estabelece um volume máximo de agrotóxico a ser aplicado nas plantações, mas esse processo não costuma ser controlado. O resultado são legumes e hortaliças bonitos e vistosos, mas cheios de química.
Plantações orgânicas permitem o surgimento de insetos, livrando a lavoura de pragas
Hoje encontramos produtos orgânicos com mais facilidade. Os produtos também tem caído de preço. “Uma boa sugestão para quem compra legumes, frutas, verduras, é saber de onde eles estão vindo, quem os cultiva. Perguntar ao produtor de onde ele vem. Se tiver um tempinho, vá lá conferir. E você sabe uma forma bem rudimentar de se identificar a produção orgânica? É o matinho! A horta orgânica tem sempre um matinho. A gente pede licença à natureza para cultivar, e o matinho perto da plantação é sinal de que ali não tem agrotóxicos, que a natureza está cumprindo seu ciclo porque neste matinho é o alimento dos insetos. Assim, eles não precisam atacar a alface plantada, livrando a verdura de pragas”, orienta a nutricionista.
Na plantação convencional, os aditivos químicos prejudicam o ciclo que o meio ambiente deveria fazer. “A soja raramente tem plantação orgânica. Neste caso, a produção é basicamente transgênica”, ressalta Adriana. Ela explica que a tecnologia de plantação orgânica permite produzir alimentos – quando estão na sua época – que são aparentemente muito parecidos aos das hortas convencionais. “O que acontece muito com o produto que sofre a ação dos aditivos químicos é que eles podem parecer grandes e com cores vivas, mas ficam ‘vazios’. A quantidade de aditivos químicos é tão grande que eles crescem muito, mas ficam sem sabor e pobres em nutrientes”, diz a nutricionista.
Lavar legumes e frutas diminui a concentração de agrotóxicos?
“Lavando o alimento conseguimos diminuir a concentração do inseticida que foi colocado no final do processo de produção, mas os ativos que foram colocados no início da plantação e passam para a essência do alimento. Nesse caso, não é possível eliminá-los”, ressalta Adriana.
Para lavar os alimentos, a nutricionista recomenda a seguinte receita: “Deixe verduras, legumes e frutas de molho em solução com 1 colher de sopa de cloro para 1 litro de água filtrada. Bicarbonato é outra alternativa para auxiliar na limpeza dos alimentos. O ideal seria higienizar todos os alimentos, mas também descascar frutas e legumes”, diz Adriana.
É importante lembrar que a adoção de hábitos saudáveis e conscientes também permite exceções. “Claro que você vai sair para comer uma pizza com os amigos. Vamos tentar fazer nossa vida de forma orgânica e saudável para chutar o balde de maneira feliz. As pessoas têm medo de um monte de coisas e acabam com receio de comer”, lembra a nutricionista.
Se possível, dê preferência para alimentos orgânicos
Realmente a orientação é “quando for comer algo cru, que seja orgânico”. Se não for possível, a nutricionista recomenda comprar os alimentos quando estiverem na época, tirando proveito da sazonalidade. “Mesmo o produto convencional tem menos agrotóxico. Quando está na época o alimento cresce naturalmente e precisa ser pouco (ou quase nada) incentivado por algum aditivo. Então, é bem provável que este alimento contenha menos agrotóxicos que outros frutos que não estão na época”, reforça Adriana.
Fonte: GNT / Programa Alternativa Saúde
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