Apneia do sono durante a gravidez pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê
Mulheres que sofrem de apneia do sono durante a gravidez são mais propensas a ter bebês com problemas de saúde iniciais, dizem pesquisadores.
Eles descobriram que bebês de mães com distúrbio respiratório têm maiores chances de passar por um tratamento intensivo durante o pré-natal.
Cientistas da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, estudaram as gestantes obesas, com e sem apneia.
Eles descobriram que esse distúrbio também foi associado com maiores taxas de pré-eclâmpsia nas mulheres com sobrepeso.
A complicação da gravidez faz com que a pressão arterial fique elevada e a proteína sai pela urina. Se a apneia não for tratada, ela pode evoluir para eclampsia, um tipo de convulsão.
Esse distúrbio ocorre quando os músculos e tecidos moles da garganta sofrem um colapso durante o sono e bloqueiam as vias aéreas por 10 segundos ou mais.
Alguns especialistas acreditam que a gravidez pode aumentar as chances de desenvolver a apneia do sono, especialmente no terceiro trimestre devido ao ganho de peso. Membranas nasais também podem inchar e os vasos sanguíneos podem expandir ao longo dos nove meses.
Pesquisa
Uma pesquisa, da Universidade Case Western Reserve, fez um teste com 175 mulheres obesas grávidas usando um dispositivo portátil.
Cerca de 42% das mulheres com apneia tiveram pré-eclâmpsia em comparação aos 17% das mulheres que não apresentaram o problema.
Enquanto isso, quase metade dos bebês nascidos de mulheres com apneia tiveram a necessidade de passar por um tratamento intensivo em comparação aos 17% das mães com excesso de peso. Muitas dessas admissões ocorreram por insuficiência respiratória.
De acordo com uma pesquisa do Centro Federal de Controle e Prevenção de Doenças, uma em cada cinco mulheres nos EUA são obesas quando engravidam.
Embora muitos estudos tenham avaliado complicações associadas com a obesidade na gravidez – incluindo pressão alta e diabetes gestacional – apneia do sono tem sido pouco diagnosticada e estudada.
Os autores do estudo sugerem que a melhor forma de evitar esses problemas relacionados com a apneia seria tratar a obesidade antes da mulher engravidar, mas reconhece que a “perda de peso, muitas vezes, é difícil”.
Fonte: http://www.portaldoconsumidor.
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