10/Nov – Dia Nacional de Prevenção e Combate a Surdez

Surdez Infantil

Aproximadamente uma, em cada mil crianças, nasce com surdez profunda. Muitas outras nascem com grau menor de surdez e outras mais a adquirem após o nascimento.

A diminuição da audição na criança, principalmente nos primeiros anos de vida, interfere no desenvolvimento das habilidades da fala e linguagem. Efeitos adversos também costumam ocorrer no desenvolvimento social, emocional cognitivo e no relacionamento familiar.

Existe um consenso de que o período mais importante para o desenvolvimento da fala e linguagem é o dos primeiros três anos de vida. Embora existam métodos efetivos para detectar perdas auditivas desde o nascimento, a média de idade de detecção da surdez está entre três e cinco anos. Graus menores de surdez costumam ser detectados com mais idade, em geral, quando inicia o período escolar.

O resultado disso é que muitas crianças com deficiência auditiva não recebem aprendizado adequado no período etário considerado o mais importante para o desenvolvimento da fala e linguagem.

Existe, portanto, também, um consenso de que a surdez seja detectada o mais cedo possível a fim de que sejam tomadas, em tempo hábil, as medidas adequadas para o desenvolvimento da criança, com isso minimizando ou prevenindo efeitos adversos.

Surdez Congênita

A surdez é um dos problemas físicos mais freqüentes na população mundial. Segundo estimativas do Instituto Britânico de Pesquisas Auditivas, há no mundo 560 milhões de pessoas com dificuldades ou perda de audição, que costumam vir acompanhadas de zumbidos ou ruídos no ouvido, vertigem, dor de ouvido e outros sintomas. De cada 1 000 crianças que nascem, em média quatro sofrem de surdez congênita. No Brasil, estima-se que 15 milhões de pessoas tenham algum tipo de dificuldade em ouvir, sendo que 350 mil são totalmente surdas. “Cerca de 70% de nossos idosos sofrem de algum problema auditivo. A maioria são pessoas de baixa escolaridade e pouco poder aquisitivo”, afirma Souza. Mas, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Luterana do Brasil, em Porto Alegre, 26% dos entrevistados sofriam de alguma forma de diminuição na capacidade de ouvir independentemente da faixa etária.

Símbolo da surdez

A surdez pode resultar de várias causas. Algumas têm a ver com problemas na transmissão do som através do ouvido devido a algum bloqueio das ondas sonoras nos ouvidos externo e médio. Isso acontece quando o pavilhão (a “concha” que forma a orelha) ou o canal auditivo sofrem deformações, traumas, inflamações e tumores. Obstruções do canal por acúmulo de cera ou um crescimento anormal do osso na cavidade do ouvido médio também podem causar danos. A outra classe principal de problemas são os chamados neurossensoriais, em que a causa está no ouvido interno ou em outras estruturas centrais, como o nervo auditivo. Por fim, pode haver também casos que misturam tudo isso – o som tem dificuldade de atravessar o ouvido e também não consegue ser transmitido corretamente para o cérebro.

Muitas vezes, a surdez é congênita, ou seja, existe desde o nascimento. Sua causa pode ser hereditária ou não. Doenças da mãe na gravidez (como rubéola, sarampo, varicela, diabetes e alcoolismo), medicamentos que estavam sendo tomados e complicações de parto (nascimento prematuro, falta de oxigênio) podem deixar o bebê surdo.

Por trás de metade dos problemas auditivos congênitos há algum fator genético. A surdez é mais comum em certas famílias devido a alterações e mutações de determinados genes. Essas alterações no DNA são herdadas de um ou dos dois pais e podem ser transmitidas para os descendentes, o que explica a existência de famílias com vários membros que têm dificuldade de audição.

Fonte: http://super.abril.com.br/saude/
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